Kliņģeris
da vó Vergínia
by Carlos Ademar
Purim
Primeiramente uma rápida explicação: Trata-se de uma "rosca" macia, levemente doce. Receita trazida pelos imigrantes letões que chegaram ao Brasil no início do Século XX. Fazendo-se uma pesquisa na internet, observa-se que a receita "evoluiu" acrescentando-se hoje em dia frutas cristalizadas e coberturas com diversos tipos de enfeites. A versão ora descrita, digamos, é a versão "original" como nossa família conhece (e ama).
Minha irmã Lili, como nutricionista e hábil cozinheira,
aprendeu a fazer com minha mãe (vó Vergínia) enquanto a mesma estava viva, mas resolvi
fazer esta rosca buscando ajuda com a Dona Tereza, uma senhora que tinha sido
diarista da minha mãe e depois cuidou dela nos seus últimos anos. Ela era quem
fazia estas roscas quando minha mãe já não tinha forças para o trabalho na
cozinha.
Eu a convidei para nossa casa e fizemos juntos esta rosca, mas como minha mãe não usava medidas precisas quando
preparava a receita, sua "discípula" Dona Tereza também não. As quantidades
iniciais os ingredientes eram "ajustados" ao longo do processo.
Tentei fazer o máximo de anotações possíveis para "não perder nada"
que pudesse ser relevante para esta experiência "química".
Portanto, vou fazer uma narrativa do processo ao invés de
passar simplesmente a receita.
De qualquer forma, vou deixar registrado de início os
ingredientes utilizados (quantidades finais) para uma produção de uma rosca
(como a da foto) e mais 4 formas retangulares.
INGREDIENTES
- Noz moscada (duas unidades "in natura". Segundo a instrutora, a que é vendida moída num pacotinho não tem o mesmo efeito no sabor final;
- 4 copos de leite
- 3 colheres de sopa de fermento biológico granulado
- 3 copos de açúcar
- 230g de manteiga
- 2 colheres de sopa de sal
- 2kg de farinha de boa qualidade
1. Numa panela pequena foi colocado 1 copo de leite
junto com o fermento e levado para um leve aquecimento no fogão. Aguardar passo
4.
2. Foram raladas as duas
unidades de noz moscada ficando apenas um toquinho que impossibilitava o
aproveitamento integral;
3. Numa bacia grande foram colocados os outros três
copos de leite misturando-se o açúcar, a noz moscada ralada, a manteiga e o
sal. Misturou-se tudo com a bacia sendo levemente aquecida no fogão para um
"amornamento";
4. Tirando-se do fogão, foi misturado o fermento (que
estava na panelinha aquecida);
4. Acrescentou-se a farinha e deu-se o início ao
processo de amassar até que tudo ficasse uniforme e solto (não pegajoso). Após
um certo período na bacia, foi necessário retirar a massa e continuar este
processo diretamente numa superfície polvilhada com farinha de trigo.
Recomendação da Dona Tereza: não utilizar superfícies frias tipo granito.
7. Foi então deixado um longo tempo (quase duas
horas) no forno ligeiramente aquecido para que a massa crescesse. Para melhor
aproveitamento do calor foi colocado um plástico cobrindo toda a massa.
8. Como mesmo assim não estava crescendo, Dona
Tereza resolveu acrescentar mais uma colher de sopa de fermento (a terceira da
relação de ingredientes), juntamente com um copo de água. Novamente foi amassada
para uniformizar a mistura;
9. Foi deixado novamente para crescer no forno
ligeiramente aquecido por mais cerca de 2:30h. Segundo a Dona Tereza, este
crescimento é muito demorado e por circunstâncias não bem explicadas, as vezes
demora ainda mais (temperatura ambiente, talvez);
10. Com
a massa crescida foram confeccionadas as tranças e colocadas nas formas. As
formas foram previamente untadas com óleo de cozinha. Para ver como foram feitas as tranças, licar no link:
11. Foram
separadas duas gemas de ovo numa xícara e, com um pincel, a superfície foi
tingida;
12. Deixado
para assar em forno quente. Observar a coloração para desligar;
Obrigado, Dona Tereza
30/07/2016
Preciso de mais material para avaliar se o produto final está dentro das especificações exigidas.
ResponderExcluirMande toda semana um destes para eu terminar de avaliar.
Toda a semana? Tais brincando!!!
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